quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

2 de janeiro de 1492 – Conquista da Cidade de Granada pelos Reis Católicos




O Emirado de Granada era a última reminiscência do outrora poder muçulmano sobre a península Ibérica. Os muçulmanos liderados por Al Tarik levaram apenas alguns anos para derrotar o reino crisão de Recaredo e seus Visigodos.
Os Cristãos desenvolveram uma resistência de sete séculos que culmina com a conquista do Reino ou Emirado nasrida de Granada, que foi uma unidade política existente na Península Ibérica entre 1238 e 1492. Foi no dia 2 de janeiro que os Reis Católicos conseguiram por fim à presença muçulmana na Espanha.
Foi com os Násridas que aconteceu a construção do Palácio da Alhambra onde se instalaram com a sua corte, e permanece ainda hoje como uma demonstração excepcional da arquitetura muçulmana no que conhecemos como Andalucia.
Em 1246 Maomé I declarou-se vassalo do rei de Castela Fernando III. Através deste pacto de vassalagem o rei muçulmano comprometia-se a ajudar os cristãos na conquista de Sevilha em troca da proteção castelhana. Apesar disso, os cristãos continuaram a exercer pressão militar sobre Granada, o que motivou Maomé a pedir ajuda aos Merínidas do norte de África.
Com a ajuda dos norte-africanos, os granadinos desencadearam um contra-ataque entre 1433 e 1440, recuperando praças de Castela, mas a partir daqui a história de Granada foi de defesa contra Castela, bloqueios económicos, tréguas e devolução de cativos, até a "guerra de Granada", com uma série de campanhas militares entre 1482 e 1492 que culminariam a 2 de janeiro de 1492, com a rendição negociada mediante capitulação do rei Maomé XII, conhecido entre os espanhóis como Boabdil.

No século XVI, apesar do embelezamento e da valorização cultural da cidade e da região pelos espanhóis, ainda havia, na minoria mourisca, sentimentos saudosistas do antigo reino nasrida, que se manifestaram em movimentos como os levantamentos nas Alpujarras, último foco de resistência árabe, por fim dominadas e que deram consistência ao Reino de Espanha, que surge com os monarcas Joana, a Louca e Carlos I (V do Sacro Império).


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