Michael Schumacher nascia há 45 anos em Hürth-Hermülheim e de certa
forma resgatava o orgulho nacional alemão, após um sombrio período de culpa
coletiva. É indiscutivelmente o maior piloto de Fórmula 1 da história do
automobilismo, deixou saudades a todos os admiradores do esporte.
Durante o período em que brilhou com originalidade e determinação,
lutou contra grandes e pequenos adversários, contra as regras casuístas da FIA,
contra carros e equipes limitadas e venceu todos os desafios que se lhe
colocaram.
Foi campeão por sete vezes na F1, sendo que cinco vezes consecutivas,
de 2000 a 2004 pela Scuderia Ferrari. Praticamente todos os recordes na
categoria lhe pertencem, hoje sendo disputados pelo novo prodígio alemão,
Sebastian Vettel, reconhecidamente um admirador do mito da década de 90.
Sim, mito, porque hoje Michael Schumacher além de história, é mito,
com sua determinação, sua coragem, seu desafio consciente e calculado de todos
os riscos. Disputou as pistas com grandes nomes do esporte e a todos superou, incluindo
aí Ayrton Senna e Alain Prost.
Divide ainda o panteão dos melhores com Juan Manuel Fangio, Jim
Clark, Jackie Stewart, Nigel Mansell e Nelson Piquet.
Sofreu um acidente esquiando, sofrendo gravíssimo ferimento craniano
que o deixa hoje no leito de um hospital entre a vida e a morte. Hoje sabemos
que o que o tirou da pista segura, para esquiar, não foi um desejo
inconsequente de superação ou desafio, mas o de prestar socorro a uma jovem que
esquiava com seu grupo e que se perdera fora da pista, e que ele era o último
do grupo para garantir a segurança dos que praticavam o esporte.
Hamilton e Barrichelo postaram imagens esquiando após o acidente, a
imprensa se indignou, normalmente uma foto assim não faria qualquer
estardalhaço, mas na condição do acidente, as fotos destes pilotos, longe do
brilhantismo do alemão, como Plutão do Sol, são fotos em que a mediocridade
presta homenagem ao brilhantismo.
Michael Schumacher a lenda permanece viva nas pistas e corações dos
amantes da Fórmula 1, enquanto torcemos para que ele volte a ser Embaixador da
UNESCO, com o brilhantismo e a determinação que lhe são característicos.
Que as musas, e principalmente Clio, não permitam que o herói passe à
história tão cedo!
Saúde e Vida longa Michael.
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