O Lietchtenstein é como um principado saído das páginas dos romances.
Deve seu nome à família que o governa, e esta retira seu nome do Castelo de
Liechtenstein, na Baixa Áustria, propriedade que possuiu de 1140 até o século
XIII e depois, novamente, de 1807 em diante.
Ao longo do tempo, a família principesca adquiriu várias terras entre a
Áustria e a Suíça, predominantemente na Morávia, na Baixa Áustria, na Silésia e
na Estíria. Contudo, muitos desses territórios estavam contidos em feudos de
outros senhores feudais, particularmente de várias linhagens da Casa de
Habsburgo, à qual muitos príncipes da Casa de Liechtenstein serviram como
conselheiros. Consequentemente, não faziam parte do Reichstag e não eram
soberanos.
Com o tempo, perseverança e determinação na manutenção de seus poderes
feudais, os Liechtenstein aspiraram a mais poderes que apenas uma posição no
governo imperial dos Habsburgos e, como resultado, buscaram somente
propriedades sujeitas à autoridade do Sacro Imperador Romano-Germânico, e
assim, evitando a existência de suseranos intermediários, como era o caso dos
Imperadores da Áustria.
Em 1699, a família pôde adquirir o senhorio (em alemão: Herrschaft) de
Schellenberg e, em 1712, o condado de Vaduz. Tais possessões foram compradas da
família Hohenems e tinham o status político requerido pelos Liechtesntein,
assim não mais vassalos do Imperador austríaco.
Em 23 de janeiro de 1719, portanto há 295 anos atrás, Carlos VI,
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, decretou a unificação de
Schellenberg e Vaduz e elevou todos os apanágios à dignidade de principado (em
alemão: Fürstentum), com o nome de "Liechtenstein", em honra da
família soberana, na pessoa de Anton Florian de Liechtenstein (1656-1721).
Dissolvido pelo corso usurpador, que queria enfraquecer ainda mais a
Alemanha, o Sacro Império Romano Germânico em 1806, o principado de
Liechtenstein, em 12 de julho do mesmo ano, o principado tornou-se independente,
após o tratado de Pressburg, assinado pelo príncipe Johann I Josef.
O atual príncipe soberano é Hans-Adam II. De acordo com a constituição
de Liechtenstein, de 26 de outubro de 1993, todos os membros da Casa são
príncipes e princesas de Liechtenstein e condes e condessas de Rietberg. O
príncipe-soberano, por sua vez, detém este último e os títulos de duque de
Troppau e Jägerndorf.
O tratamento dado aos membros é o de Sua Alteza Sereníssima (S.A.S.).
Linha de sucessão ao trono
A legislação de Liechtenstein sobre a linha de sucessão, que foi
regulada em 1606, só permite homens na linha de sucessão, excluindo totalmente
as mulheres. Tais regras remontam, portanto, a antes da independência do
principado do Sacro Império Romano-Germânico, em 1806, e reproduzem a Lei
Sálica, uma invenção do Rei Filipe V, o Longo da França, para afastar do trono
a sua sobrinha, Joana de Navarra, filha de Luis X, e irmã de João I, o Póstumo.
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