sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

24 de janeiro de 41 - Morre Calígula






Depois do grande Otávio Augusto, primeiro Imperador e sobrinho de Júlio Cesar, e de Tibério, assumiu o trono do Império Romano, Caio Júlio César Augusto Germânico (em latim Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus, nascido em 31 de agosto de 12 d.C. assassinado pela Guarda Pretoriana em 24 de janeiro de 41), também conhecido como Caio César ou Calígula.
Foi imperador romano de 16 de março de 37 até o seu assassinato em 24 de janeiro de 41, tendo sido o terceiro imperador romano e membro da dinastia júlio-claudiana, instituída por Augusto.
Tinha uma natureza extravagante e cruel, deixando para a história os primeiros sinais do que poderia ser uma tirania sem limites. Foi assassinado pela guarda pretoriana, em 41, aos 28 anos. A sua alcunha Calígula, à qual significa "botinhas" em português, foi posta pelos soldados das legiões comandadas pelo pai, o grande General Germânico, que achavam graça em vê-lo mascarado de legionário, com pequenas caligae (sandálias militares) nos pés.


Terceiro filho de Germânico que, por sua vez, era sobrinho do imperador Tibério. Seu pai foi considerado um dos maiores generais da história de Roma. Já a mãe de Calígula era Agripina.
O futuro imperador cresceu com a numerosa família (tinha dois irmãos e três irmãs) e nos acampamentos militares da Germânia Inferior, onde o pai comandava o exército imperial (14 – 16). Após a celebração em Roma do triunfo do seu progenitor, marchou com ele para o Oriente. Germânico viria a falecer durante a sua estadia em Antioquia, em 19. Após enterrar o seu pai, Calígula regressou com mãe e os irmãos para Roma, onde o desconforto que a sua presença gerava no imperador degenerou em inimizade, causadora provável das estranhas mortes de uma série de parentes do futuro imperador, entre os quais, dois dos seus tios.
As suas relações com o Imperador Tibério, que não podemos esquecer era hipocondríaco e paranóico, pareceram melhorar quando este se mudou para Capri e foi designado Pontifex Maximus.


Com a morte de Tibério em 16 de março de 37. deixou este testamento político em que determinava que o império deveria ser governado conjuntamente por Calígula e Tibério Gemelo.
Do ponto de vista militar seu reinado esteve caracterizado pela anexação da província da Mauritânia (a cujo monarca assassinou numa das suas visitas a Roma), pelo insucesso na conquista da Britânia e pelas tensões que açoitaram as províncias orientais do império.
No Oriente, deu mostras da sua graça mediante a concessão dos territórios de Bataneia e Traconítia ao seu amigo Herodes Agripa I, e da sua megalomania ao ordenar que fosse erigida uma estátua em sua honra no Templo de Jerusalém; enquanto no Ocidente suas atitudes acabaram por escancarar a sua demência ao pedir que o exército em vez de atacar as tribos britanicas se pusesse a recolher conchas, o tributo que segundo ele deviam ao monte Capitolino e ao monte Palatino.
Para alguns historiadores, nos seus últimos anos de vida esteve envolvido numa série de escândalos entre os quais se destacam manter relações incestuosas com as suas irmãs e até mesmo obrigá-las a prostituir-se, o que muitas vezes é o mito sobrepondo-se ao homem histórico.
Seus desmandos e sua incapacidade de compreender a dignidade do cargo levaram a 24 de janeiro de 41,que fosse assassinado pelos executores de uma conspiração integrada por pretorianos e senadores, liderados pelo seu praefectus, Cássio Querea.
O desejo de alguns conspiradores de restaurar a república viu-se frustrado quando, no mesmo dia do assassinato de Calígula, o seu tio Cláudio foi declarado imperador pelos pretorianos. Uma das primeiras ações de Cláudio como imperador foi ordenar a execução dos assassinos do seu sobrinho.
Existem poucas fontes sobreviventes que descrevam o seu reinado, nenhuma das quais tem referencias elogiosas ao Imperador. As fontes centram-se na sua crueldade, extravagância e perversidade sexual, apresentando-o como um tirano demente. Há no entanto que questionar a fiabilidade destas fontes e, de acordo com os documentos, foi um imperador que tinha consciência de sua dignidade tendo trabalhado incansavelmente com o fito de aumentar a autoridade do princeps; tendo de fazer face a várias a muitas conspirações surgidas com o objeto de destituí-lo e lutando a fim de reduzir a influência do senado, esmagando a oposição que este órgão legislativo continuava exercendo.
Tornou-se o primeiro imperador em apresentar-se frente do povo como um deus.


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