segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

13 de janeiro de 1559 - Começa o processo de Coroação de Elizabeth I






Elizabeth I, filha de Ana Bolena, nasceu em Greenwich em 7 de setembro de 1533, aos 26 anos sucederá a dois irmãos e ao pai, como Rainha da Inglaterra e da Escócia, morrendo em 24 de março de 1603, aos setenta anos e após governar de forma implacável o seu povo por 44 anos.
Foi também Rainha da Irlanda desde 1558 após a morte de sua irmã a Rainha Maria I. Ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess.
Filha de Henrique VIII, Isabel (nome lusitano) nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda, apesar de sua mãe ter oficialmente casado com o Rei.
Mais tarde, seu meio-irmão, Eduardo VI, procurando impedir a ascensão da Rainha legítima, Maria I que era católica e casada com o Rei Filipe II de Espanha, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão.
No entanto, este testamento foi rejeitado, e Lady Jane Grey foi executada e, em 1558, Isabel sucedeu à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
Seu reinado é conhecido como o Período Elisabetano (ou Isabelino) ou ainda Era Dourada. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente, principalmente na dramaturgia, que rendeu nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare.
No domínio dos mares, nasceram mitos como o capitão Francis Drake, que foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo, enquanto na área do pensamento Francis Bacon pregou suas ideias políticas e filosóficas. As mudanças se estendiam à América do Norte, onde se deram as primeiras tentativas de colonização, que resultaram em geral em fracassos.
Isabel era uma monarca temperamental e determinada, e era vista por isso como uma monarca impaciente com os seus conselheiros, o que a manteve frequentemente longe de desavenças e intrigas políticas. 


Assim como seu pai Henrique VIII, Isabel gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia.
Seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reinado de Isabel.
Isabel também reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de 39 para 19. Mais tarde, passaram a ser apenas 14 conselheiros.
Há exatos 455 anos, um evento de proporções magistrais ganhava espaço nas ruas de Londres, então uma das cidades mais populosas da Europa: a coroação da última herdeira viva de Henrique VIII, Elizabeth ou Isabel, fruto da união com sua segunda esposa, Ana Bolena.
Muitas foram as expectativas e esperanças depositadas nesta princesa com idade de 26 anos, que há pouco tempo estivera reclusa sob suspeita de conspirar contra a autoridade e a vida da monarca reinante, sua meio-irmã. Maria I, em seu curto reinado (1553-1558), e que varreu o país sob as chamas da inquisição e investiu quase todo o tesouro real em campanhas militares lançadas por seu marido, Filipe II rei da Espanha, que lhe custaram a perda de Calais (última conquista do grande Henrique V do outro lado do canal) para os franceses.
No dia 13 de janeiro de 1559, Isabel desceu o Tâmisa rumo à torre de Londres, situada a leste da City (centro comercial), “ao mesmo tempo fortaleza, arsenal, castelo real e prisão de estado” – nas palavras de Jacques Chastenet – onde ela mesma já estivera presa.
Assim como a Bastilha em Paris, a Torre estava ali para simbolizar o poder real, e para firmar esta certeza, a nova rainha passaria ali duas noites antes de prosseguir com o cortejo cerimonial rumo à Westminster, como uma cerimônia simbólica, que dava à torre a força da convicção em seu direito divino.
“À frente cavalgavam timbaleiros e tocadores de trombeta, seguidos de arautos e passavantes de tabardos esquartelados com os leopardos da Inglaterra e os lírios da França. Depois vem uma cavalgada compreendendo algumas centenas de escudeiros e de senhores – gorros emplumados, barbas frisadas, golas bem pregueadas, cadeias de ouro, gibões bordados e rebordados, capas curtas, calções recortados, longas espadas batendo nos flancos das montadas ricamente adornadas. Os últimos a aparecer são os chefes das grandes casas feudais; trazem a regalia, insígnias monárquicas que vão servir para a coroação: a coroa de Alfredo, O Grande, a cap of maintenance, o globo, o cetro com a cruz, o cetro com a pomba, a espada do Estado, a espada da Justiça temporal, a espada da Justiça Espiritual, a espada da Misericórdia, o anel místico, as esporas de ouro…” (CHASTENET).

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