Em 19 de janeiro de 1544 após 11 anos de casamento, Catarina de Médicis,
Duquesa de Urbino, a florentina que foi rainha de França e mãe de três reis e
uma rainha de França, dá à luz ao primeiro de seus filhos, Francisco II, neto
do fundador da dinastia de Valois-Angoulème, Francisco I.
Esquecemos sempre que este pequeno Rei, aos 15 anos, em 1559, mesmo ano
da ascensão de Elizabeth I em Inglaterra, casar-se-á com Maria Stuart, Rainha
da Escócia. Lamentavelmente seu reinado durará pouco, em torno de ano e meio.
Francisco II de Valois-Angoulème, nasceu em Fontainebleau e vei a morrer
em Orleans, tendo sido sepultado em St. Denis. Rei de França de 1559 até à sua
morte. .
O menino tornou-se Delfim de França ou Delfim do Viennois, como eram
chamados os herdeiros de França em 1547, pois seu pai tornara-se rei com o
falecimento do avô.
Em 24 de Abril de 1558 aos 14 anos, casou em Paris com Maria Stuart,
Rainha da Escócia desde o nascimento em 1542.
Maria Stuart era nascida em Linlithgow a 8 de dezembro de 1542 e morreu
executada em 8 de fevereiro de 1587 no castelo de Fotheringay, Northants,
Inglaterra, a mando de sua prima, a Rainha da Inglaterra, regicídio que seria
recordado até os dias de hoje em novelas, filmes e histórias sem fim.
Desde 1558 ostentava o título de Duquesa da Touraine. Era filha de Jaime
V, Rei dos escoceses e de sua segunda esposa Maria de Guise, que viria a ser
assassinada pelos sicários da rainha inglesa.
Rainha Maria Stuart de Escócia e França
Ao casar-se, Francisco se tornou rei consorte da Escócia e se intitulava
rei titular da Inglaterra e da Irlanda, fortalecendo a aliança França-Escócia,
países católicos, contra a Inglaterra protestante. Tornou-se ele próprio rei,
como Francisco II, quando da morte súbita do pai em um torneio de cavalaria, em
10 de Julho de 1559, porém, em virtude da tenra idade, na medida em que tinha
apenas 15 anos, a regência foi entregue à sua mãe, a florentina Catarina de
Médicis, que governou manejando as sangrentas divisões religiosas em França,
entre católicos e huguenotes.
Os huguenotes confiavam em Catarina porque a sabiam encantada pelos
salmos de Clément Marot e porque prometera ao Príncipe de Condé e ao Almirante
de Coligny, líderes da facção reformista em França, a liberdade e a segurança
para os huguenotes. Mas alguns huguenotes intrigantes tentaram desenvolver um
Estado dentro do Estado na França e em seus sínodos urgiam que se adotassem
"todos os meios de defesa própria e ataque, fornecendo dinheiro aos
militares e tentando ocupar cidades e fortalezas", tentando solapar a
autoridade real e impedir que o rei se aliasse aos católicos de Escócia e
Irlanda contra a Inglaterra protestante, agindo assim de forma a enfraquecer o
reino de França.
Rainha-mãe e Regente Catarina de Médicis
A Rainha-mãe Catarina viu-se obrigada a permitir aos Príncipes de Guise,
família à qual pertencia a mãe da Rainha consorte de Maria Stuart, a abafar a
conspiração de Amboise, em março de 1560, e por uns poucos meses exerceram uma
espécie de ditadura.
Para tentar superar a paralisia do governo, Catarina nomeou como
chanceler Michel de l'Hôpital, cuja esposa e filhos eram calvinistas, e
convocou uma assembleia de notáveis em Fontainebleau (agosto de 1560) na qual
se decidiu que a punição dos heréticos seria suspensa, e os Estados Gerais, nos
quais se buscaria paz religiosa, deveriam se reunir em Orleans em dezembro.
Infelizmente, tais projetos foram pouco a pouco sendo abandonados na
medida em que o Rei que nunca tivera boa
saúde, morreu em dezembro do mesmo ano, de otite, tendo sido sucedido por seu
segundo irmão no trono, Carlos de Valois, coroado Carlos IX.
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