segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

01 de janeiro de 1515 – Francisco I é escolhido Rei de França




Há 499 anos morria o Rei Luis XII, no dia 1 de janeiro de 1515, sem deixar descendência e pondo fim à dinastia de Valois-Órleans.
Luís XII da França, o Pai do Povo nascido aos 27 de Junho de 1462, morreu em Blois a 1 de Janeiro de 1515, Paris. Foi Rei de França entre 1498 e 1 de Janeiro de 1515.
Filho de Carlos I de Valois, duque d'Orleans, de quem herdou o título da casa de Valois-Órleans, veio a suceder seu primo e cunhado Carlos VIII, por ter este falecido sem descendência masculina. Era casado com a irmã de Carlos, Joana de Valois ou Santa Joana de França, chamada a Coxa, mas conseguiu a anulação do casamento por consaguinidade do papa Alexandre VI, em troca da ajuda francesa na conquista da Romagna para os Estados Papais. Casou-se então com a viúva de Carlos VII, Ana de Bretanha.
Luís era neto de Valentina Visconti, a qual era meia-irmã de Filipe Maria, um antigo duque de Milão que morreu sem filhos, sendo sucedido por um membro da família Sforza. Motivado por isso ele decidiu invadir a Itália e conquistar Milão, que julgava ser seu apanágio. Milão foi conquistada pelos franceses.
Ainda como Rei de França e Duque de Milão, Luís perdeu para Henrique VIII de Inglaterra a Batalha das Esporas, em 1513.
Como parte das relações diplomáticas do tempo e para refazer a paz com os ingleses, Luís se casou com a princesa Maria de Inglaterra, irmã do rei inglês.



Sucedeu a Luís XII, o Rei Francisco I de Valois-Angouleme, ou Francisco I da França, nascido em Cognac, 12 de setembro de 1494 e veio a falecer em Rambouillet em 31 de março de 1547. Foi Rei de França, aclamado e coroado em 1 de janeiro de 1515 na Catedral de Reims, e governou o país até à sua morte em 1547. Foi sepultado, com sua mulher Cláudia de França, duquesa da Bretanha, na Basílica de Saint-Denis, nas proximidades de Paris, e é chamado pelos franceses de "o Pai" (le Père) ou "o Restaurador das Letras" (Le Restaurateur des Lettres), e ainda "o Grande Golas", (Le Grand Golas), "o Bom Golas" (Le Bonhomme Golas) e ainda "Francisco de Nariz comprido" (François au Grand Nez).
Francisco pertencia à casa dos Valois-Angouleme  e foi filho o único de Carlos I de Valois ou Carlos d´Orléans-Angoulême, nascido em 1459, e morto em 1º de janeiro de 1496 na cidade de Châteauneuf-en-Angoumois e sepultado na catedral de Angoulême. Era Conde de Angoulême, de Beaumont, do Luxemburgo, Conde de Soissons, Barão de Coucy, conde do Perigord, Governador da Aquitânia ou Guyenne. Sua mãe foi Luísa de Saboia.
Francisco tornou-se conde de Angoulême em 1496, depois Duque de Valois, duque de Milão, senhor de Asti, Duque da Bretanha (por direito da mulher, a princesa Cláudia). Herdou o trono não como genro, pois a Lei Sálica não permitia sucessão feminina, mas como primo de Luís XII, que não tivera herdeiros varões. Não foi declarado Delfim, mas por descendência masculina, que remontava a Carlos V, foi escolhido Rei.
Francisco I foi um Rei com uma larga visão artística tendo sido um  grande mecenas, o que ajudou a difundir o Renascimento na França. Convidou a vir à França os grandes artistas da Itália, como Leonardo da Vinci, Rosso, Primaticcio, Benvenuto Cellini, Andrea del Sarto. Deu início ao atual palácio do Louvre, construiu ou redecorou os castelos de Fontainebleau e Chambord. Foi o patrono dos poetas Marot e du Bellay. Seu mais importante serviço ao Humanismo foi ter fundado o Colégio de França ou Collège de France, que inicialmente se destinava ao ensino das línguas hebraica, grega, latina. Fundou a Imprensa Real conhecida como Imprimerie Royale.
Embora permitisse o desenvolvimento, nos círculos intelectuais, de certas idéias protestantes, ao mesmo tempo em que se propagava o Humanismo, depois de 1534, foi hostil à pregação do Protestantismo entre o povo, como se nota em sua perseguição desencadeada no ano de 1545 dos «Vaudois» de Chabrières e Mérindol.

Deixou poemas interessantes, que os críticos consideram medíocres. Seu túmulo e o de sua esposa a Rainha Cláudia, em St. Denis, foram desenhados por Philibert Delorme e realizados por Pierre Bontemps.

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