Primeira Guerra
Quando
Teodorico, rei dos Ostrogodos, foi desviado para o Ocidente e submeteu a
Odoacro, constituindo o Reino dos Ostrogodos, vassalo dos Imperadores de
Bizâncio, este reino passou a fazer parte da órbita de influência e de poder
político de Constantinopla. Assim, não poderia ter seu território reconquistado
pelas tropas bizantinas.
No entanto com
o assassinato de Amalasunta, regente do reino dos ostrogodos e filha de
Teodorico em 535, Justiniano, imperador bizantino que tinha uma aliança com a
rainha e se servia de bases na costa italiana para proteger o império do ataque
dos vândalos, passa a ter um motivo para iniciar a reconquista do ocidente.
Justiniano
utiliza o pretexto do assassinato para invadir a Itália e designa o grande
general Belisário, recentemente vencedor dos Vândalos, para que enfrente em
campo de batalha as tropas ostrogodas. Belisário rapidamente ocupou a Sicília e
cruzando o estreito de Messina, toma Rhegium e Nápoles em novembro de 536.
Em 9 de
dezembro de 536 as tropas de Justiniano, chefiadas pelo General Belisário
expulsam de Roma as tropas ostrogodas de Vitige, tornado rei porque casado com
Matasunta, filha da assassinada Amalasunta.
Instaladas
as tropas imperiais em Roma reconquistada, Belisário sofreu um cerco godo de
janeiro de 537 a março de 538, quando chegaram reforços de Constantinopla
retomando então a ofensiva de reconquista da península.
Em 540 os
francos entram no conflito e liderados por dez mil borgúndios chefiados por
Teodeberto I, provocando o colapso das defesas ostrogodas fazendo com que
Belisário em 540 cercasse e prendesse Vitige em Ravena, tendo levado este e sua
esposa encarcerados para Constantinopla.
Ao ser
vencido Vitige tentou seduzir Belisário com o título de Imperador Ocidental,
mas este não se seduziu. Apesar disso, levantaram-se suspeitas sobre sua
lealdade e Justiniano o deslocou para o extremo oriente do império para lutar
com persas e sírios.
Segunda guerra
No entanto em
541 os ostrogodos se revoltaram e aclamaram Totila como seu novo Rei, após o
assassinato de seu antecessor que abrira negociações com Justiniano. Quando a “Peste
de Justiniano” devastou as terras do Império do Oriente, Totila percebeu a
oportunidade e montando um exército deflagrou uma campanha vigorosa e exitosa
contra os romanos orientais, recuperando toda a Itália setentrional e
expulsando-os finalmente de Roma após um longo sítio entre 547-549.
Justiniano
então teve de chamar de volta a Belisário, que encontrou uma situação
totalmente modificada. Conseguiu com imenso esforço recuperar brevemente Roma,
porém sua campanha em Itália fracassou rotundamente, principalmente porque lhe
foram negados reforços e suprimentos, causados por um ciúmes doentio por parte
de Justiniano. Em 548 Justiniano designou Narsés para liderar os exércitos
romanos, tendo vencido os ostrogodos.
Terceira guerra
Uma terceira Guerra Goda foi travada a partir de 551, e novamente Roma
foi sitiada e capturada por Totila, cujas ofertas de paz foram rechaçadas por
Justiniano. Novamente o império do Oriente prepara uma expedição liderada pelo
sobrinho do imperador, Germano Justino. Enquanto Libério atacava os visigodos
na Hispânia, Germano acaba morrendo em 551 e é substituído por Narsés que investiu
contra Totila derrotando-o e acabando com sua vida na batalha de Tagina. Os
godos ainda manteriam Roma por um tempo, mas na batalha de Mons Lactarius em
outubro de 553, Narsés derrotou a Teya e aos últimos exércitos ostrogodos na
Itália.
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