Após a
restauração de Carlos II da Inglaterra e com a sua sucessão pelo irmão Jaime
II, ambos católicos, o conflito entre anglicanos e católicos recrudesceu no
país, principalmente porque os monarcas pretendiam a restauração da unidade
religiosa.
O primeiro
passo para acabar com a segregação dos católicos na monarquia britânica foi o
estabelecimento da Declaração de Indulgência (ou Declaração pela liberdade de
consciência) pelo Rei Jaime II que baixada em 4 de abril de 1687, constituia o
primeiro passo para estabelecer liberdade de culto na Inglaterra. O texto da
declaração foi revisado, em 27 de abril de 1688, pelo próprio Jaime, para
incluir uma ampliação ao texto original.
Em função de
ter ordenado que clérigos anglicanos a lessem em suas igrejas, tal ato
determinou que sete bispos, incluindo o Arcebispo da Cantuária, submetessem uma
petição pedindo a reconsideração das políticas religiosas reais. Em função
disso, eles foram presos e julgados por difamação sediciosa.
O alarme
público cresceu quando a Rainha Maria de Módena deu à luz um herdeiro católico,
Jaime Francisco Eduardo, no dia 10 de junho. Enquanto suas únicas possíveis
sucessoras eram suas duas filhas protestantes, Maria e Ana, os anglicanos viam
suas políticas pró-católicas como um fenômeno temporário, porém o nascimento do
príncipe abria a possibilidade de uma dinastia católica permanente, era
necessário reconsiderar suas posições.
Para impedir
a sucessão ao herdeiro nascido, um grupo de sete nobres protestantes convidaram
Guilherme de Orange por carta em 30 de junho de 1688 a invadir a Inglaterra com
um exército.
Ficou claro
em setembro que o Príncipe de Orange pretendia invadir a Inglaterra. Jaime II,
acreditando que seu próprio exército seria adequado, recusou a ajuda de Luís
XIV da França, temendo que os ingleses seriam contra a assistência francesa
para a manutenção do monarca no trono.
Quando
Guilherme desembarcou na Inglaterra no dia 5 de novembro de 1688, muitos
oficiais protestantes abandonaram as hostes do Rei Jaime II, como John
Churchill, além de sua própria filha Anne e seu marido George da Dinamarca.
O rei perdeu
a coragem e não quis atacar o exército invasor, apesar de sua superioridade
numérica. Jaime II tentou fugir para a França em 11 de dezembro, supostamente jogando o Grande Selo do Reino no rio
Tâmisa. Ele acabou sendo capturado em Kent. Solto mais tarde e colocado sob a
proteção de guardas holandeses, decidiu o príncipe de Orange, Guilherme, para
que Jaime não se tornasse um mártir, permitir que ele se exilasse na França a
23 de dezembro.
Guilherme
reuniu um Parlamento de Convenção no ano seguinte para decidir como lidar com a
fuga de Jaime. Apesar do parlamento se recusar a depô-lo, eles declararam que o
rei, tendo fugido para a França e jogado o Grande Selo no Tâmisa, tinha
efetivamente abdicado e que, assim sendo, o trono estava vago.
Para
preencher a vacância, Maria, a filha mais velha de Jaime, foi declarada rainha
ela governaria juntamente com seu marido Guilherme, que também seria rei. O
parlamento escocês declarou em 11 de abril de 1689 que Jaime havia abandonado o
trono.
O parlamento
inglês aprovou a Declaração de Direitos de 1689 que denunciava Jaime por seus
abusos no poder. Os abusos acusados incluíam a suspensão dos Atos de Prova, a
acusação contra os sete bispos por meramente peticionar a coroa, o
estabelecimento de um exército permanente e a imposição de punições cruéis. A
declaração também afirmou que nenhum católico poderia ascender ao trono e que
nenhum monarca inglês poderia se casar com um católico.
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