domingo, 17 de março de 2013

18 de março de 1314 – Morte na Fogueira de Jacques de Molay



Jacques de Molay nasceu em Vitrey-sur-Mance, na França em 1244 e faleceu na fogueira na Île de Cité em Paris, a 18 de março de 1314. Governava então a França o Rei Filipe IV, o Belo, um capeto direto que teria como sucessores três filhos e um neto, sendo com eles extinto o ramo principal da dinastia estabelecida por Hugo Capeto em 987. Jacques de Molay nasceu num vilarejo do Condado da Borgonha, pertencente a uma família da pequena nobreza, ingressou na Ordem dos Cavaleiros do Templo, e foi eleito Grão-Mestre da Ordem após a queda de São João d`Acre.
Foi numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307 que os templários foram presos a mando do Rei quando foram publicamente acusados de infâmias e impiedades religiosas, que lhes trouxeram opróbrio e punição, que nunca foram comprovadas.
Apesar da oposição do Papa Clemente V, sucessor do Papa Bonifácio VIII que fora agredido, e por tal morto, a mando de Filipe o Belo, não se pode impedir o julgamento e a condenação do Grão-Mestre e de sua Ordem, por motivos que nunca se comprovaram, ainda mais que as confissões foram arrancadas com torturas indizíveis, sofrimentos sobre-humanos.
Como os grandes bancários da Idade Média, criadores da letra de câmbio e de outras formas de administração de valores, a cobiça fez com que fossem olhados de maneira cobiçosa, e de que suas relações de fraternidade, misturadas a sua soberba, os tornassem absolutamente indefesos às vis maquinações do Rei para se apoderar do que acreditava ser o tesouro dos Templários.

Lamentavelmente, a Ordem foi extinta, seus cavaleiros perseguidos por toda a Europa, e por fim, Jacques de Molay em 18 de março de 1314, ou seja há 699 anos, foi queimado vivo, negando todos os crimes que se lhe imputava, com uma dignidade de santo imolado, sem renegar a sua fé na bravura e na correção de seu dever de defensor do Santo Sepulcro. Espalhou-se então que teria convidado Filipe o Belo e Clemente V para se apresentarem ao Criador no espaço de um ano, e ambos morreram neste tempo. Teria ainda vaticinado que Filipe IV não deixaria descendência no trono da França, e efetivamente foi sucedido por Luiz X seu filho, que governou apenas 2 anos, sucedido pelo filho deste João I o Póstumo, que viveu apenas alguns dias, e depois sucedido por seus tios Filipe V, o Longo e Carlos IV, o Belo, ambos sem descendência masculina, cessando assim a linhagem dos Capetos diretos.

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