quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

29 de janeiro de 1595 - Provável primeira apresentação da peça Romeu e Julieta







Romeu e Julieta é uma tragédia escrita entre 1591 e 1595, obra do início da carreira literária de William Shakespeare, sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra na Itália medieval.
A peça ficou entre as mais populares na época de Shakespeare e, ao lado de Hamlet, é uma das suas obras mais levadas aos palcos do mundo inteiro, bem como a que permanece viva no imaginário popular. Hoje, o relacionamento dos dois jovens é considerado como o arquétipo do amor juvenil.
Romeu e Julieta pertence a uma tradição de romances trágicos que remonta à antiguidade. Seu enredo é baseado em um conto da Itália, traduzido em versos como A Trágica História de Romeu e Julieta por Arthur Brooke em 1562, e retomado em prosa como Palácio do Prazer por William Painter em 1582.
William Shakespeare baseou-se em ambos, mas reforçou a ação de personagens secundários, especialmente Mercúcio e Páris, a fim de consistência dramática ao enredo. O texto foi publicado pela primeira vez em in quarto por volta de 1597, dois anos após sua primeira encenação, mas essa versão foi considerada como de péssima qualidade, o que estimulou muitas outras edições posteriores que trouxeram reverberações com o texto original shakespeariano.


A estrutura dramática usada por Shakespeare, especialmente os efeitos de gêneros como a comutação entre comédia e tragédia para aumentar a tensão; o foco em personagens mais secundários e a utilização de sub-enredos para embelezar a história, e tal recurso tem sido elogiado como um sinal precoce de sua habilidade dramática e maturidade artística.
Além disso, a peça atribui distintas formas poéticas aos personagens para mostrar que eles evoluem; Romeu, por exemplo, fica mais versado nos sonetos a medida que a trama segue.
De fato, o Romeu e Julieta tornou-se um paradigma do amor romântico no Ocidente Cristão, e guarda seu frescor e beleza, falando desde sempre ao coração dos jovens de 14 aos 90 anos, como o fez com sua primeira encenação, durante o século de ouro de Elizabeth I.

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